segunda-feira, julho 24, 2006

praticidade

o cenário: Creperia
a cena: O tema é recorrente. É comum sentar em um restaurante, pedir um suco sem gelo e com açúcar e ele chegar com gelo e sem açúcar... Tem casos em que eu não tenho forças para discutir. Não gosto de queijo ralado na comida, mas nem me dou ao trabalho de pedir algo diferente. No último domingo, fui a uma creperia que tem o melhor crepe de estrogonofe de Brasília (já até escrevi isso no papelzinho de sugestões e comentários deles). Como o tempo estava meio frio, pedi ao garçom uma Coca Light sem gelo no copo. Minutos depois, um outro garçom chegou, todo prestativo, com o copo cheio de gelo e limão. Meio desanimada, eu disse que tinha pedido sem gelo. Ele perguntou: “Quer que tire o limão também?” Concordei. Rapidamente, ele virou o copo na bandeja, despejou o gelo e o limão e me serviu o refrigerante do jeito que eu queria. Adorei!
moral da história: Para que complicar?

terça-feira, julho 18, 2006

jornal na porta

o cenário: Corredor do meu prédio
a cena: Sou assinante do Correio aos sábados e domingos. Adoro acordar, abrir a porta do meu apartamento e pegar o jornal. O problema é que, nem sempre, acordo na minha casa nos finais de semana. Tem vezes que só volto no domingo à noite. Mesmo assim, com as notícias já caducando, é bom abrir o jornal e ler os classificados, o resumo das novelas e a revista do Correio. O problema é que, durante dois domingos consecutivos, encontrei o jornal “mexido”, sem a revista dominical. Indignada com a cara-de-pau dos meus vizinhos, peguei uma folha de papel e escrevi em letras vermelhas e garrafais: “Ladrão da Revista do Correio, favor devolvê-la quando acabar de ler”. Coloquei o bilhete no meu capacho, exatamente no lugar em que o jornal fica. Minha idéia era a de intimidar o gatuno, e não de receber a revista de volta, é claro. Dois dias depois, estacionei o carro debaixo do prédio e fui cercada pelo administrador do condomínio, pelo porteiro e pela faxineira. O administrador trazia o meu bilhete, já um pouco amassado. Todos estavam preocupados com a minha ‘acusação’. Expliquei o caso e disse que eu tinha certeza de que o ‘ladrão’ era algum vizinho abusado. Depois de justificativas, pedidos de desculpas e suposições, fui liberada do interrogatório. E, no final de semana seguinte, meu jornal veio dentro de um saco plástico fechado, com a revista intacta.
moral da história: O direito de um acaba quando começa o direito do outro

terça-feira, julho 11, 2006

aparências

o cenário: Banca de jornal
a cena: Quatro homens numa banca de jornal conversam animadamente, em volta da Playboy da Mariana do BBB. O programa de TV já foi esquecido, a moça já terminou com o namoradinho que arrumou lá e reatou com o outro namoradinho que também arrumou lá, mas o assunto é um só: o corpão da pescadora. Até o dono da banca se anima e comenta que já tinha tido uma prévia quando a modelo posou para a VIP. No auge da conversa, surge mais um cara na porta da banca. Ele diz a que veio: “Tem figurinha das Princesas?” O silêncio se faz. Constrangido, o moço se vê quase na obrigação de dar explicações. Mas pensa que é bobagem. Ninguém precisa saber que ele está ali procurando as figurinhas para uma garotinha de 3 anos, afilhada da namorada dele. Namorada que, diga-se de passagem, é bem mais gostosa que a Mariana do BBB, sacou? E é de carne e osso, viu? Quando ele levar as figurinhas para casa hoje, vai ter programa muito melhor do que folhear uma revista insossa.
moral da história: A gente perde tempo demais pensando no que os outros pensam da gente