terça-feira, julho 18, 2006

jornal na porta

o cenário: Corredor do meu prédio
a cena: Sou assinante do Correio aos sábados e domingos. Adoro acordar, abrir a porta do meu apartamento e pegar o jornal. O problema é que, nem sempre, acordo na minha casa nos finais de semana. Tem vezes que só volto no domingo à noite. Mesmo assim, com as notícias já caducando, é bom abrir o jornal e ler os classificados, o resumo das novelas e a revista do Correio. O problema é que, durante dois domingos consecutivos, encontrei o jornal “mexido”, sem a revista dominical. Indignada com a cara-de-pau dos meus vizinhos, peguei uma folha de papel e escrevi em letras vermelhas e garrafais: “Ladrão da Revista do Correio, favor devolvê-la quando acabar de ler”. Coloquei o bilhete no meu capacho, exatamente no lugar em que o jornal fica. Minha idéia era a de intimidar o gatuno, e não de receber a revista de volta, é claro. Dois dias depois, estacionei o carro debaixo do prédio e fui cercada pelo administrador do condomínio, pelo porteiro e pela faxineira. O administrador trazia o meu bilhete, já um pouco amassado. Todos estavam preocupados com a minha ‘acusação’. Expliquei o caso e disse que eu tinha certeza de que o ‘ladrão’ era algum vizinho abusado. Depois de justificativas, pedidos de desculpas e suposições, fui liberada do interrogatório. E, no final de semana seguinte, meu jornal veio dentro de um saco plástico fechado, com a revista intacta.
moral da história: O direito de um acaba quando começa o direito do outro