domingo, outubro 29, 2006

aviso importante

o cenário: Banheiro público
a cena: É comum entrar em banheiros públicos e encontrar avisos do tipo “não jogue papel no vaso” ou “preserve o meio ambiente – utilize apenas duas folhas de papel”. Outro dia, porém, fui a um banheiro no qual havia quase um testamento afixado na porta da cabine. Levei mais tempo para ler do que para fazer o que eu tinha ido fazer. Transcrevo: “Ao terminar de usar o banheiro, corra os olhos pelo ambiente e veja o que pode ser limpo e reposto nos lugares. Exemplo: vaso sanitário limpo e tampa baixada. Aquelas que recorrem a posições acrobáticas para evitar o contato com qualquer peça no banheiro e não queiram tocar sequer no botão da descarga, porém se não falta papel higiênico, ele pode ser utilizado na solução do problema. Um pedaço de papel permitirá à pessoa abrir a torneira da pia e apertar o botão da descarga sem tocar diretamente no metal. Se há um mínimo de limpeza no banheiro, pode inclusive forrar com a fita do papel higiênico o assento do vaso e utilizá-lo com mais conforto.”
moral da história: Alguns se comunicam. Outros se trumbicam.

quarta-feira, outubro 11, 2006

vende-se

o cenário: Apartamentos desocupados
a cena: Procurar apartamento não é tarefa fácil. Para quem acha que é só levantar a grana e preparar a mudança, sinto decepcionar. É praticamente impossível achar um imóvel bom, bonito e dentro do orçamento. A missão é cansativa, mas, com a ajuda de corretores ultra-estranhos, pode se tornar divertida. Um deles mostrou um apartamento de três quartos sem dizer praticamente nada. Ficou mudo até o momento em que fizemos uma brincadeira, dizendo que não é bom morar perto da sogra. O corretor olhou pela janela e começou a filosofar. Disse que a gente precisava dar valor aos nossos pais e que ele só percebeu isso quando o dele adoeceu. E por aí foi. Um discurso melancólico, constrangedor e interminável. Numa outra visita, com outra corretora, o apartamento estava sem luz. Como estava de dia, nem me preocupei. Ao entrar no closet, ela tirou da bolsa – como quem saca uma espada – uma enorme lanterna, daqueles que ficam nas escadas, para iluminação de emergência. Quase explodi de vontade de rir. No sábado passado, fomos ver mais um. Como estava relampejando muito e eu tenho pavor de elevador, optei pelas escadas. Expliquei para o corretor: “Prefiro evitar, vai que falta energia”. Ele concordou, com uma cara séria. “A senhora tem razão. Precisamos estar sempre atentos, para não acontecer o que aconteceu com o boeing da Gol”. Hein????
moral da história: Tudo na vida tem seu lado divertido