terça-feira, julho 12, 2005

um furacão na minha vida...

o cenário: Agência de viagens
a cena: Estava quase tudo pronto para minha viagem a Cuba. Na quinta-feira passada, fui à agência pegar as passagens, para embarcar no sábado à noite. Eis que... Dennis, o furacão, dá o ar de sua graça. "Ameaça de furacão em Cuba", é a informação que recebo. Fui direto para a internet (como as pessoas conseguiam viver sem o Google??) e constatei: o f.d.p. do "ciclone tropical" estava chegando a Cuba, indo em direção a Havana. Entrei em pânico, chorei e decidi cancelar a viagem. Não houve Cristo que me convencesse de que era seguro ir pra um lugar com ventos a 240 km/hora. Parei de brincar. E ponto final. Meu sonho de ir à ilha de Fidel foi adiado. Minhas férias foram adiadas. E eu não vou escrever uma pílula sobre as emoções de visitar um lugar pelo qual o furacão passou. Desculpem a falta de emoção, mas não nasci pra isso...
moral da história: O homem põe, Deus despõe (frase da minha avó para me consolar e dizer que não era hora de eu viajar...)

quarta-feira, julho 06, 2005

guerra dos mundos

o cenário: Hall do cinema
a cena: Desde que o mundo é mundo, as pessoas anunciam seu fim. Por explosão nuclear, tragédias climáticas ou invasão de alienígenas, não importa. O tema é explorado pela indústria cinematográfica e muito bem aceito pelo público – o mais variado possível. Eu e uma amiga estávamos sentadas em frente a uma sala de cinema, esperando o horário do filme. Da porta da outra sala, surgiu um homem com um livro e um chapéu de palha na mão. Pediu para a lanterninha segurar os objetos, porque queria ir ao banheiro. Uma cena totalmente inusitada. Quando ele voltou, percebemos mais um detalhe. O cara era padre. Pegou de volta o chapéu e o livro, fez cara de quem estava abençoando a moça que tomou conta dos seus pertences e voltou para a sala de cinema, bem na hora em que Tom Cruise tentava salvar a humanidade.
moral da história: Existem terráqueos que parecem seres de outros planetas

terça-feira, julho 05, 2005

balzaca

o cenário: Rua
a cena: Ontem, encontrei um conhecido, muito simpático. Começamos a conversar e, como sou carente a adoro aniversário, não perdi a oportunidade de anunciar o meu. Papo vai, papo vem, falei: “Ah, amanhã é meu aniversário! Não vai esquecer de me dar parabéns, hein? Serei a mais nova balzaca da cidade!”. O cara riu pra caramba e eu saí feliz, apesar de já meio cansada do comentariozinho óbvio de mulheres que fazem trinta anos – pelo menos, ele achou graça. Mas na hora que eu estava virando a esquina, veio a pergunta: “Ei, você não me disse quantos anos vai fazer!”
moral da história: Nem todo mundo sabe tudo o que você sabe. Mas é preciso ter paciência, porque, em algum momento, todos somos ignorantes

sexta-feira, julho 01, 2005

faxina mental

o cenário: Minha casa (de pernas para o ar)
a cena: Já fazia um tempo que a minha casa estava o verdadeiro caos. Papel para todo lado, gavetas bagunçadas, bicicleta e poltrona brigando pelo mesmo espaço. Um belo dia, enchi o saco. Cansei da bagunça. De repente, aquele monte de entulhos me pareceu ameaçador, como se estivesse empatando a minha vida. E aí começou a síndrome da faxina. Estou assim há uns quatro dias. Já arrumei a sala, o escritório, o criado mudo, o armário do banheiro, minha carteira, a mesa do meu trabalho, as gavetas da cozinha, na minha caixa de e-mails... e não paro de ‘caçar’ o que arrumar. É incontrolável. E dá a impressão de que, assim, faço também uma faxina mental, emocional. Liguei o motorzinho e estou indo em frente, até que um dia, um papelzinho escape ali e se junte com outro aqui e a bagunça volte a reinar.
moral da história: A ordem vem sempre precedida do caos. E vice-versa.