sábado, abril 07, 2007

eu quero um george foreman

o cenário: Cozinha, com TV ligada
a cena: Acordei no sábado de aleluia pronta para não fazer nada. Fui para a cozinha, preparei meu café da manhã e liguei a TV. Com o controle remoto na mão, comecei a zapear. Foi quando me deparei com o George - não o meu, mas o Foreman. Os canais de televendas não costumam ficar mais de cinco segundos na minha tela, mas, dessa vez, cedi aos apelos do negão simpático e suas carnes suculentas. Em questão de minutos, eu já estava me perguntando como pude viver tanto tempo sem George Foreman. Por coincidência ou não, há pouco, eu tinha lavado um pote todo engordurado, no qual estavam os bifes que sobraram do almoço. Comecei a questionar quão (pouco) saudável é a comida feita aqui em casa. Para piorar a situação, os apresentadores da TV me mostravam um copo cheio da gordura que saiu da carne assada no George Foreman. "Veja! Você e sua família iriam ingerir toda essa gordura!", berravam. Iríamos ingerir, de fato, mas George veio para nos salvar. Totalmente hipnotizada e dizendo sim ao grill, corri para o computador para ver os preços, condições de pagamento, tempo que ainda teria de sobreviver sem o maravilhoso e poderoso George Foreman. Como tudo na vida tem um preço... e como minha casa ainda não tem cortinas... e como tenho mil coisas para resolver e pagar antes de abrir as portas para a comida saudável e prática... salvei nos meus 'favoritos' o site que vende o aparelho, para não perdê-lo de vista. Fiquei aliviada. Agora já sei o caminho. A chegada ao paraíso é só uma questão de tempo.
moral da história: O consumismo não tem hora nem local para se manifestar