quinta-feira, março 29, 2007

modernidade

o cenário: Curso de Noivos
a cena: Sábado passado, encarei aquilo que todo mundo que casa na igreja tem de encarar: o curso de noivos. Onze horas seguidas, sem sair da igreja nem para almoçar. Todas as refeições lá, para não virar bagunça. O tempo passou muito, muito devagar. E o curso rendeu várias histórias, mas o que me deixou mais impressionada foi o perfil das noivas. Eu não sabia que ainda existia tanta mulher submissa! Explico: uma das nossas tarefas era elaborar um anúncio publicitário, vendendo suas qualidades ao respectivo noivo. As moças – todas jovens e economicamente ativas – se mostraram totalmente conservadoras. Uma prometeu fazer o papel de “esposa, amiga e mãe (!!!)” do cara; a outra lembrou que cozinhava bem e que a única coisa que ela exigia para se casar com ele era uma máquina de lavar (!!!); a terceira se comprometeu a não gastar todo o dinheiro do futuro marido (!!!). Horrorizada e deslocada em um ambiente tão ‘amélia’, eu só consegui oferecer ao meu noivo todo amor que houver nesta vida.
moral da história: Não se fazem mulheres modernas como antigamente

quarta-feira, março 21, 2007

ddt

o cenário: Apartamento novo
a cena: Casa nova, vida nova. Finalmente, pegamos a chave do tão sonhado apartamento. A euforia é grande. O número de ‘tarefas’ pré-mudança, também. Começou a corrida... Tem que dedetizar, tem que pintar, tem que colocar cortina, tem que encaixotar e desencaixotar, tem que vender, tem que comprar. Dizem que o primeiro passo é a metade do caminho, então, não dormimos no ponto. Hoje cedo, liguei para a empresa de dedetização. Marquei o horário e fiquei esperando embaixo do bloco. O cara chegou todo sorridente. Franzino, tinha cara de formiga – justamente o bichinho que ele tinha de matar. Subiu, fez o serviço e eu, lógico, fiquei esperando embaixo do bloco com uma amiga. Daqui a pouco, desce o cara, todo feliz com o trabalho realizado. Me entregou um certificado de garantia de seis meses. “Ótimo! Se eu vir uma formiga aí em casa nesses seis meses, posso chamar vocês novamente?” Ele me olhou com cara de malandro. “Aí, a senhora ta exagerando, né? Deixa para ligar pra gente quando tiver um monte delas...”
moral da história: Nem sempre o certificado de garantia garante