segunda-feira, fevereiro 06, 2006

anos 80

o cenário: Show com Virginie, do Metrô
a cena: Foi como se eu tivesse entrado em outra dimensão. Sábado à noite, aceitei o convite dos meus amigos queridos para ir a uma festa dos anos 80, com banda legal e participação especial da cantora do Metrô. Com a cabeça no “Beat Acelerado”, lá fui eu. Cinco minutos no salão e uma troca de olhares com os meus amigos foram suficientes para constatar que havíamos atravessado um portal e entrado num universo paralelo. Um túnel que nos levou a esbarrar em homens com calça acima do umbigo e celular pendurado no cinto e mulheres com, pelo menos, uns 130 quilos. Tive a sensação de que as coisas estavam fora de compasso. Pessoas cafonas, estranhas, empolgadas. Eu, que freqüentemente me sinto ‘velha’ na balada, estava parecendo um bebê. A tese foi confirmada quando avistei a minha professora de português do primeiro grau! Eu não sabia se fugia correndo, se ia me ‘apresentar’ para ela, no estilo “oi, tia!”, ou se fingia que não tinha visto. Antes de decidir o que fazer, o show começou. Outro choque. É claro que o tempo – implacável como sempre – não pouparia Virginie. Mas, no meu inconsciente, a voz que gritava pelo Johnny Love teria de vir acompanhada daquele rostinho jovem e brega da década de 80. Óbvio que não foi bem assim. O que, obviamente, aumentou a diversão. As risadas e comentários assustados dos meus amigos salvaram a noite. É bom ter companhia quando a gente resolve dar uma voltinha por outras dimensões.
moral da história: Tá no inferno, abraça o capeta....
P.S.: Quer ler outros relatos sobre o universo paralelo? Vai lá... www.joselitando.blogspot.com e http://adorodeio.blig.ig.com.br