quarta-feira, agosto 09, 2006

psicologia materna

o cenário: Banheiro de aeroporto
a cena: Entrei no banheiro do aeroporto e, inevitavelmente, ouvi a conversa na cabine ao lado. A mãe queria que a filha tirasse o cachecol – provavelmente para não arrastar no chão ou no vaso sanitário. A filha resistia. Pela voz, percebi que era uma criança bem pequena. A mãe começou a ameaçar a filha: “Se você não me der esse cachecol agora, eu vou pegar e dar de presente para a Joana”. A filha retrucava: “Não vai, não. Ele é meu”... Numa demonstração de ausência total de psicologia, a mãe intensificou o terrorismo: “Não é seu, não. Fui eu que comprei, com o meu dinheiro. Por isso, dou pra quem eu quiser. Vou entregar pra Joana”. Não preciso nem dizer que a menina saiu do banheiro aos prantos, não é? Antes de chegar ao aeroporto, ainda dentro do avião, presenciei uma cena oposta. O molequinho não parava de apertar o botão que chama a aeromoça, fazendo aquele barulho irritante a cada cinco segundos. A mãe, interessada na conversa com a vizinha de poltrona, nem se incomodava. De vez em quando, olhava para ele e dizia: “Não pode, filho. A aeromoça vai ficar triste se você não parar”. Lógico que ele não parou...
moral da história: Difícil acertar a dose de autoridade e compreensão