quarta-feira, março 01, 2006

tribos na folia

o cenário: Baile de carnaval
a cena: Este ano, resolvi ‘aproveitar’ o carnaval em Brasília. Já que minha viagem só estava marcada para a quarta-feira de cinzas e alguns amigos meus também estavam perdidos por aqui, fui curtir o bloco na rua e o baile no clube. No sábado, cheguei ao bloco meio tímida, deslocada. Mas bastou comprar um tubinho de “neve artificial” para a folia começar. Como criança, corri pela rua, armada, atirando espuma para todo lado. A vítima não importava. Podia ser criança, adulto, vendedor de cachorro-quente. Fiquei exausta, como se tivesse atravessado a Sapucaí. Domingo foi a vez do baile. Descobri que o folião da cidade não segue um padrão. Apesar do ibope baixo, o samba tinha gente de todo tipo. Tinha velhinho de blusa listrada, chapéu e sapatos brancos. Tinha homem de bermuda e mulher de salto de acrílico. Tinha casal de mulher. Travesti. Bruxinhas. Mascarados. E tinha uma figura engraçada. O cara de cabelos longos, típicos de roqueiro, usava um chapéu de caubói, vestia uma blusa do Bob Marley e estava se acabando de sambar na pista. Fiquei me perguntando se aquilo era uma fantasia ou uma demonstração de democracia musical.
moral da história: Viva a diversidade!