sexta-feira, junho 24, 2005

passeio expresso

o cenário: Embaixo do bloco
a cena: Madrugada de quinta-feira. Eu estava batendo papo na portaria do meu prédio, chegando de um jantar. Pouco antes de uma da manhã, o elevador de serviço chegou no térreo. Saíram dele uma moça com roupa de festa (preta, com detalhes em prata, decotada demais para uma noite gelada) e um cachorro branco. “Boa noite”, “Boa noite”, a moça abriu a porta e saiu com o cãozinho. Um minuto depois, ela voltou. Entrou no elevador e chamou: “Vem, pet!”. O pobre coitado do animal, que – tenho certeza – não teve tempo nem de fazer xixi, passou por mim com o rabinho cabisbaixo. Tudo foi muito estranho: a roupa da moça estava estranha, a hora do passeio também, o tempo que ele durou, nem se fala. Fiquei com pena do cachorro. Talvez, fosse melhor esperar por um passeio de verdade, na manhã seguinte.
moral da história: Se não agüenta, por que veio?