sexta-feira, junho 17, 2005

furo de reportagem

o cenário: Meu apartamento
a cena: Estava eu, calma e tranqüila, acordando, quando a campainha tocou. Era a faxineira do meu prédio. Abri a porta meio contrariada, de camisola de flanela – o frio faz dessas coisas... “Você não é mais jornalista?”, disparou. Sou, claro que sou. Ela continuou, perguntando o que eu estava fazendo às sete da manhã, que não ouvi a confusão lá embaixo. Segundo o relato emocionado da moça, um ladrão tentou arrombar o caixa eletrônico com um pé-de-cabra, a polícia viu, saiu correndo atrás dele, gritando ‘pega ladrão, pega ladrão’, até que – muito tempo depois, e sem a ajuda dos apavorados transeuntes – o cara caiu no chão e foi algemado. “Ah, essa hora eu estava dormindo”, expliquei. Ela me repreendeu: “Pois é... perdeu um furo de reportagem!!!”
moral da história: Não existe escolha sem perda