segunda-feira, abril 25, 2005

baba de cupim

o cenário: Igreja em restauração
a cena: A igreja Matriz, em Pirenópolis (Goiás), está sendo restaurada. Ela foi parcialmente destruída por um incêndio em 2002. O fogo consumiu o telhado e toda a parte interna da construção. Fui visitar o canteiro de obras e aprendi uma porção de coisas. A igreja – que data de 1732 – já havia sido restaurada entre 1996 e 1999. Ela é feita de taipa (mistura de terra, areia e otras cositas), madeira de lei e adobe. Os restauradores agora estão tentando reproduzir a taipa do jeitinho que ela foi feita há séculos. E, para isso, fazem umas misturas e uns testes. O que mais me impressionou foi o ingrediente utilizado na maior parte das amostras de taipas: baba de cupim. Isso mesmo. Para ninguém achar que entendeu errado, os cartazes têm até o desenho de um cupim babando. O líquido, assim como sangue de boi e estrume, era utilizado no passado para aumentar a liga do barro. Até aí, tudo bem. Mas será que alguém pode me explicar como é possível extrair a baba do cupim?
moral da história: A gente pensa que sabe muito, mas não sabe nada...